São José, protetor da Santa Igreja (Olhemos para São José. Livro 1: Conhecendo. #33)

CONHECENDO A PESSOA, A MISSÃO E A ESPIRITUALIDADE DE SÃO JOSÉ, por Padre José Antônio Bertolin, Oblato de São José.

33º dia- São José, protetor da Santa Igreja

São José governou a casa de Nazaré com autoridade paterna, esta casa que continha em germe a Igreja nascente, por isso, ele é seu protetor (Leão XIII)

Buscando o crescimento espiritual: São José é o Protetor universal da Igreja e por isso a Igreja espera muitíssimo da sua especial proteção; diante de tão grande santo protetor, me empenharei em manifestar o meu amor por ele e em difundir o conhecimento e a espiritualidade de São José para os católicos

  • O Papa Pio IX declarou São José Patrono da Igreja no dia oito de dezembro de 1870 com o Decreto da Congregação para os Ritos, Quemadmodum Deus, e reconheceu da mesma maneira que como Deus constitui José do Egito superintendente do Egito para guardar o povo, assim elegeu São José Príncipe de sua casa e o elegeu guarda dos seus tesouros mais preciosos, Maria sua esposa, e Jesus Cristo, que perante os homens foi considerado filho de José e lhe foi submisso. De fato, “Aqueles que tanto profetas desejavam ver, José não só viu, mas com ele conviveu e com paterno afeto abraçou e beijou, e além disso nutriu cuidadosamente aquele que o povo fiel comeria como pão descido dos céus para conseguir a vida eterna. Por essa sua sublime dignidade, a Igreja sempre o teve em alta honra e glória, depois de sua esposa Maria, implorando a sua intercessão em tempos difíceis. Em vista disso os bispos de todo o mundo católico dirigiram ao Sumo Pontífice as suas súplicas e as dos fiéis por eles guiados, solicitando que se dignasse constituir São José como patrono da Igreja Católica. E assim o declarou Patrono da Igreja católica”, afirmou o Papa Pio IX no documento Quemadmodum Deus.
  • “As razões pelas quais São José é patrono da Igreja, diz Leão XIII, e a Igreja espera muitíssimo de sua proteção, residem sobretudo no fato que ele é esposo de Maria e pai putativo de Jesus Cristo. Daqui derivam toda a sua grandeza, graça, santidade e glória” (Quamquam pluries 15/08/1889). “Dessa dupla dignidade derivam espontaneamente os deveres que a natureza impõe aos pais de família, e ao mesmo tempo seu chefe e defensor, exercendo estes ofícios até o fim de sua vida. Foi ele, de fato, que guardou com sumo amor e contínua vigilância a sua esposa e o Filho divino: foi ele que proveu o seu sustento com o trabalho, ele que os afastou do perigo a que os expunha o ódio de um rei, levando-os a salvo para fora da pátria, e nos desconfortos das viagens e nas dificuldades do exílio foi de Jesus e Maria companheiro inseparável, socorro e conforto. A Sagrada família que José governou com autoridade de pai era o berço da Igreja nascente… disto deriva que São José considera como confiada a ele próprio a multidão dos cristãos que formam a Igreja… sobre os quais ele como esposo de Maria e pai putativo de Jesus, tem uma autoridade semelhante a de um pai. É, portanto, justo e digno de São José, que assim como ele guardou no seu tempo a família de Nazaré, também agora guarde e defenda com seu patrocínio a Igreja de Deus” (Quamquam pluries).
  • Rezemos: Onipotente e misericordioso Deus, Vós destes por esposo à virginal Mãe Maria, o justo São José, escolhendo-o para pai nutrício de Jesus. Pelos méritos e pela intercessão deste grande santo, concedei paz e tranquilidade à vossa Igreja, e a nós, a graça de podermos ver-vos no céu juntamente com seu divino Filho, a vossa santíssima esposa e ao nosso protetor São José. Amém.
  • Leitura: O Papa São João Paulo II ao lançar a sua Exortação apostólica Redemptoris custos afirmou que “ainda temos motivos que perduram para recomendar todos e cada um dos homens a São José”. Este patrocínio, afirma o Papa, “deve ser invocado e continua sempre a ser necessário à Igreja, não apenas para a defender dos perigos, que continuamente se levantam, mas também e sobretudo para a confortar no seu renovado empenho de evangelização do mundo e de levar por diante a nova evangelização dos países e nações “onde – como eu escrevia na Exortação Apostólica Christifideles Laici – a religião e a vida cristã foram em tempos tão prósperas”, mas “se encontram hoje submetidas a dura provação”. O Papa insistiu ainda dizendo que no contexto em que vivemos temos numerosos e persistentes motivos para recomendar a São José a Igreja e cada homem (Rc 29 e 31). Da mesma maneira o Papa São Paulo VI escreveu que “a Igreja deseja ter  (São José) como protetor, por causa de sua inabalável confiança  de que, aquele ao qual Cristo quis confiar a proteção de sua frágil infância humana, irá continuar lá do Céu a sua missão tutelar de guia e defensor  do Corpo místico do próprio Cristo, sempre fraco, sempre insidiado, sempre dramaticamente em perigo. É importante lembrar que Pio IX, já no ano sucessivo à sua eleição, ou seja, no dia 19 de setembro de 1847, com o decreto “Inclytus Patriarcha Joseph”, estendeu para toda a Igreja a Festa do Patrocínio de São José, tornando-a festa de preceito. O mesmo Papa, no dia 8 de dezembro de 1870, com o decreto “Quemadmodum Deus”, colocou em evidência a dignidade única de São José “constituído por Deus senhor e príncipe de sua casa e de sua possessão e escolhido como guarda dos divinos tesouros”, e proclamou São José Patrono universal da Igreja. Já o Papa Leão XIII considerou muito importante que o culto de São José penetrasse profundamente nas instituições católicas e nos costumes do povo cristão porque, afirmava ele, a Igreja espera muitíssimo da sua especial proteção.

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