CONHECENDO A PESSOA, A MISSÃO E A ESPIRITUALIDADE DE SÃO JOSÉ, por Padre José Antônio Bertolin, Oblato de São José.
32º dia – São José, patrono dos moribundos
Todos morreremos, portanto devemos nutrir uma especial devoção a São José, a fim de que ele nos obtenha uma morte feliz (Santo Afonso M de Ligório)
Buscando o crescimento espiritual: São José teve o privilégio de ser confortado ao morrer nos braços de Jesus e de Maria, por isso é um ícone de esperança da vida eterna; por isso, procurarei ser sempre de conforto para os doentes, visitando-os e animando-os nos seus momentos difíceis
- São José é venerado também como o protetor da boa morte; ele, homem justo que dedicou toda a sua vida no cuidado de Jesus e de Maria e que ao lado deles viveu toda a sua santidade no exercício de sua missão, é tido pela Tradição da Igreja como aquele que teve uma morte santa ao lado de sua esposa e de seu filho Jesus. A tradição denomina a morte de José com a palavra Transitus (passagem), assim como para Maria designa Dormitio (dormição). A Tradição sempre viu São José como o patrono da boa morte porque morreu entre Jesus e Maria. A opinião mais provável do dia da morte de São José é o dia 19 de março, pois a Igreja celebra esse dia e canta com essas palavras o hino: “Esse é o dia em que José mereceu as alegrias da vida eterna”. Ele teria morrido antes de Jesus iniciar o seu ministério, pois se tivesse sido durante o ministério de Jesus não teria sentido Jesus recomendar a sua mãe para João.
- Em virtude de sua morte santa entre Jesus e Maria, São José é justamente reconhecido como seguro eficacíssimo para os moribundos, ele que foi assistido na hora da morte, por Jesus e Maria. Estando no céu ressuscitado, São José tem a primazia sobre todos os anjos e santos conforme afirmou Pio IX: “Por essa sublime dignidade, que Deus conferiu a este fidelíssimo servo seu, a Igreja teve sempre em alta honra e glória o beatíssimo José, depois da virgem Mãe de Deus, sua esposa”. (Quemadmodum Deus).
- Rezemos: Eterno Jesus, pelo amor que tivestes aqui na terra ao vosso pai, São José, vosso guarda zelosíssimo, tende misericórdia de nós e dos pobres moribundos. Jesus, Maria e José, o meu coração vos dou e minha alma, Jesus, Maria e José, assisti-me na última agonia, Jesus Maria e José, expire em paz entre vós a minha alma.
- Leitura: Dentre os privilégios que São José teve nesta terra, um deles foi o de morrer entre os braços de Jesus e de Maria. Esse fato levou os cristãos a difundir a devoção do Trânsito de São José, a qual se intensificou no Ocidente graças ao dominicano Isidoro Isolano, com seu livro “Summa de donis St. Joseph”, publicado em 1522. Este grande devoto josefino relata que os cristãos do Oriente costumavam celebrar com extraordinária veneração a festa do Trânsito de São José no dia 20 de julho. Relata também que eles liam em suas igrejas a vida do santo traduzida do hebraico para o latim, já no ano de 1340.
- O Papa Bento XV, com seu motu próprio “Bonnun sane” de 25 junho de 1925, quis que para a veneração a São José que todos os bispos inculcassem nos fiéis o costume de suplicar a sua intercessão em favor dos moribundos “porque ele é merecidamente tido como o protetor mais eficaz dos moribundos, tendo ele expirado com a presença de Jesus e de Maria”. “Também o Papa Pio IX fortaleceu a devoção ao Trânsito de São José estabelecendo no dia nove de agosto de 1922, que no Ritual Romano fosse colocado, nos lugares oportunos do rito da Unção dos enfermos, o nome de São José logo depois do nome de Maria e que fosse rezada a oração: “São José, dulcíssimo patrono dos moribundos, fortaleça fortemente a tua esperança”.