CONHECENDO A PESSOA, A MISSÃO E A ESPIRITUALIDADE DE SÃO JOSÉ, por Padre José Antônio Bertolin, Oblato de São José.
6º dia – São José, o pai na obediência
“Logo no princípio da Redenção humana, nós encontramos o modelo da obediência encarnado, depois de Maria, precisamente em José, aquele que, se distingue pela execução fiel das ordens de Deus” (Rc 30)
Buscando o crescimento espiritual: A excepcional prontidão de obediência de São José à vontade de Deus em todas as circunstâncias de sua vida, será motivo para eu me propor ao empenho de obedecer a sua Palavra quando mais me custar
- A obediência é uma das grandes virtudes de São José, e toda a vida cristã se fundamenta no exercício desta virtude que nos leva ao exercício do cumprimento da palavra de Deus. A docilidade de obediência de São José à vontade do Pai nos ensina o caminho da santidade. Diante de sua angústia devido à gravidez de Maria e não querendo difamá-la, José viu como solução deixá-la secretamente, mas enquanto pensava assim, Deus falou-lhe por meio do sonho para não temer em receber Maria, sua esposa, pois ela tinha concebido pelo Espírito Santo (Mt 1, 20-21). Diante dessa iluminação divina, José prontamente obedeceu às palavras que lhes foram ditas pelo mensageiro celeste e fez como lhe foi ordenado.
- Diante de sua angústia devido à gravidez de Maria e não querendo difamá-la, José viu como solução deixá-la secretamente. Enquanto pensava assim, Deus falou-lhe por meio do sonho para não temer em receber Maria, sua esposa, pois ela tinha concebido pelo Espírito Santo (Mt 1, 20-21). Diante dessa iluminação divina, José prontamente obedeceu às palavras que lhes foram ditas pelo mensageiro celeste e fez como lhe foi ordenado.
- Quando o anjo lhe ordenou fugir para o Egito para salvar o menino, e sem questionar, tomou o menino e sua mãe e se dirigiu para o Egito (Mt 2,13-15). Pela terceira vez obedeceu à vontade de Deus escutando a comunicação do anjo e voltou para Israel (Mt 2,19-21). Por fim, pela quarta vez, advertido em sonhos, tomou a decisão de morar em Nazaré, estabelecendo-se nesse lugarejo com Jesus e Maria (Mt 2,21-14).
- Esses relatos nos dão conta da obediência efetiva de José e, como afirmou Isolani, “A grandeza desta obediência diz muito mais em relação à dignidade de São José, do quanto o engenho humano possa imaginar”. Dirá o Papa Paulo VI a respeito desta obediência: “Vemos uma estupenda docilidade, uma prontidão excepcional de obediência e execução. Ele não discute, não titubeia, não reivindica direito ou aspirações. Lança-se a si mesmo na obediência à palavra que lhe é dirigida; sabe que a sua vida se desenvolverá como um drama, mas que se transfigura em um nível de pureza e de sublimidade extraordinárias…”.
- Ao obedecer a palavra de Deus, José entregou a sua própria vida a um projeto que ia além dele mesmo, e aqui está a sua justiça que buscou responder a vontade de Deus. Por isso, por meio de sua obediência, iniciou para ele uma nova vida com perspectivas profundas como esposo de Maria e pai de Jesus. Pela sua obediência assumida José vislumbrou um novo horizonte e o percorreu, realizando a sua vida e sendo instrumento precioso de Deus e isso é o que ele nos ensina no caminho de nossa santificação.
- Rezemos: Lembrai-vos ó puríssimo esposo da Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que alguém tivesse invocado vossa proteção, implorado o vosso socorro e não fosse por vós atendido. Com essa confiança venho à vossa presença e a vós com fervor me recomendo. Não desprezeis as minhas súplicas, ó pai do Redentor, mas dignai-vos acolhê-las piedosamente. Amém.
- Leitura: Como se diz na constituição do Concílio Vaticano II sobre a Divina Revelação, a atitude fundamental de toda a Igreja deve ser de “religiosa escuta da palavra de Deus” (46); ou seja, de absoluta disponibilidade para se pôr fielmente ao serviço da vontade salvífica de Deus, revelada em Jesus. Logo no princípio da Redenção humana, nós encontramos o modelo da obediência encarnado, depois de Maria, precisamente em José, aquele que, se distingue pela execução fiel das ordens de Deus (Redemptoris custos 30). as palavras dirigidas por Maria a Jesus, no templo, quando ele tinha doze anos: “Teu pai e eu … andávamos à tua procura”. Não se trata de uma frase convencional: as palavras da Mãe de Jesus indicam toda a realidade da Encarnação, que pertence ao mistério da Família de Nazaré. José, que desde o princípio aceitou, mediante “a obediência da fé”, a sua paternidade humana em relação a Jesus… (Redemptoris custos 21)