São José, o nutrício do Filho de Deus. (Olhemos para São José. Livro 1: Conhecendo. #16)

CONHECENDO A PESSOA, A MISSÃO E A ESPIRITUALIDADE DE SÃO JOSÉ, por Padre José Antônio Bertolin, Oblato de São José.

16º dia – São José, o nutrício do Filho de Deus

Jesus cresceu sob o olhar de São José, que tinha a alta função de alimentar, vestir e instruir Jesus na Lei e num ofício, em conformidade com os deveres estabelecidos para o pai (Rc 16)

Buscando o crescimento espiritual: São José deu a Jesus a “matéria para produzir o preço da nossa Redenção” com o exercício de sua incansável missão; assim também procurarei estar atento às necessidades do alimento do corpo e da alma para a saúde dos meus irmãos

  • O título de “pai nutrício”, atribuído a São José indica que ele alimentou, cuidou e defendeu Jesus, tendo-o em seus braços e em sua companhia na carpintaria de Nazaré, sempre manifestando para com ele a maior solicitude. Não é porque Jesus é obra do Espírito Santo que José o considerou estranho ao exercício do seu matrimônio como pai. Tudo aquilo que é próprio do exercício do pai, salvaguardando a virgindade, foi próprio de José. Aquele sangue precioso que Cristo derramou sobre o altar da cruz para o resgate de todos e que ofereceu a Deus Pai, foi formado através do alimento preparado com o suor da fronte de São José. Portanto, São José deu Àquele que nos salvou, a matéria para produzir o preço da nossa redenção, afirma Justino Miecowiense.
  • João de Cartagena afirma que “São José, com o suor de sua fronte e o trabalho de suas mãos, deu ao autor da nossa saúde a matéria necessária para adquirir o preço que devia oferecer ao eterno Pai sobre o altar da cruz para a redenção do gênero humano. Por isso, acredito que José e Maria foram os principais da redenção do gênero humano e, consequentemente, todo o gênero humano está a eles submisso mais do que aos outros santos em virtude de um vínculo mais estreito”.
  • A vida de São José não teve outro sentido a não ser de servir a Jesus e à sua mãe, como muito bem expressou o Papa Paulo VI a esse respeito: “São José se colocou imediatamente à disposição dos desígnios divinos a sua liberdade, a sua legítima vocação humana, a sua felicidade conjugal, aceitando da família, a condição, a responsabilidade e o peso, e renunciando por um incomparável amor virginal ao amor conjugal natural que a constitui e a alimenta, para dessa maneira se oferecer como sacrifício total toda a sua existência às imponderáveis exigências da surpreendente vinda do Messias”.
  • Rezemos: Ó glorioso Patriarca São José, que tivestes o sublime encargo de proteger e de alimentar Jesus em sua família, valei-me com a vossa proteção e apresentai a Jesus, pelas mãos de Maria, vossa santíssima esposa, os membros da minha família para que Ele os abençoe e os livre de todo mal. Amém.
  • Leitura: O Dominicano francês e um dos maiores teólogos do século XX, Garrigou-Lagrange, ao considerar a missão de São José afirma que: “José foi predestinado para ser pai nutrício do Verbo feito carne antes de ele ter sido predestinado para a glória…”. Portanto, ele foi criado e veio ao mundo para ser o pai nutrício do Verbo encarnado, e, para que ele fosse um pai digno, Deus quis para ele um grau altíssimo de glória e de graças. Da mesma maneira São Bernardo fez a seguinte afirmação de que “Não resta dúvida que José, esposo da mãe do Salvador, foi um homem bom e fiel. Servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu de apoio à sua mãe, nutrício de sua carne e o único cooperador sobre a terra do seu grande desígnio”. Como pai nutrício de Jesus, São José alimentou, cuidou e defendeu Jesus, tendo-o em seus braços manifestando para com ele a maior solicitude. Como afirmou o josefólogo Petrone que não é porque Jesus é obra do Espírito Santo que José o considerou estranho ao exercício do seu matrimônio. Tudo aquilo que é próprio do exercício do pai, salvaguardando a virgindade, foi próprio de José (São José, aquele que exprimiu as perfeições de Deus na terra).

Deixe um comentário