CONHECENDO A PESSOA, A MISSÃO E A ESPIRITUALIDADE DE SÃO JOSÉ, por Padre José Antônio Bertolin, Oblato de São José.
20º dia – São José, o chefe da Sagrada família
São José foi constituído por Deus chefe da sua Família, para que, servo fiel e prudente, guardasse com paterna solicitude o seu Filho unigênito. (Missal Romano, Prefácio da Solenidade de São José)
Buscando o crescimento espiritual: São José fez de sua família um lugar acolhedor para Jesus e Maria cuidando de cada um deles com desvelado amor; seguindo o seu exemplo me esforçarei para ser um ponto de convergência de bondade, de afeto e de amabilidade em minha família
- São José, colocado como chefe da Sagrada Família, foi o legítimo guardião de Jesus e o seu natural defensor, pois cuidou com desvelado amor de sua amada esposa e de seu divino Filho. A ele coube a responsabilidade, como chefe de sua família, de providenciar em Belém, não encontrando alojamento onde Maria pudesse dar à luz, um estábulo e prepará-lo de modo a tornar-se um lugar acolhedor para o Filho de Deus que chegava ao mundo. A José coube a honra de impor ao filho de Deus o nome de Jesus, de dar-lhe a descendência davídica, de circuncidá-lo alimentá-lo, de educá-lo de defendê-lo e protegê-lo,
- Apenas o Jesus menino tinha nascido coube a ele o desafio de salvar a sua vida das insídias de Herodes que queria matar a criança, e para defendê-la, partiu em fuga para o Egito em plena noite. Aqui, José fez com sua família a experiência de empreender uma viagem penosa e arriscada; viagem tão difícil que os soldados preferiam combater a enfrentar a caminhada no deserto. Portanto, São José é o Patrono da Igreja pelo fato de ele proteger a sua esposa Maria e o menino Jesus. Colocado como chefe da Sagrada Família, José foi o seu legítimo guardião e seu natural defensor, ele que cuidou com amor da sua esposa e do seu divino Filho, ele que providenciou a sustentação deles com seu trabalho, que os afastou do perigo e os levou salvos para fora da pátria, e nas dificuldades da viagem e do exílio foi para eles companheiro inseparável. José “foi constituído por Deus como chefe de sua família, para que, como servo fiel e prudente, guardasse com solicitude paterna o seu Filho Unigênito” (Missal Romano, Prefácio da Solenidade de São José).
- Como chefe da Sagrada família São José teve a responsabilidade e a honra de alimentar com o seu próprio trabalho a vida de Jesus; teve a responsabilidade de dar-lhe a profissão de carpinteiro e de educá-lo. Diante de todas essas responsabilidades José mereceu a graça de viver em íntima familiaridade com Jesus e Maria, de conviver com o Filho de Deus em sua casa, de carregá-lo em seus braços, de beijá-lo, de alimentá-lo com o seu trabalho. Portanto, São José excede entre todos os santos em dignidade porque foi, por decreto divino, o chefe da Sagrada Família, e Jesus lhe tributou toda honra que um bom filho possa dar ao próprio pai dentro da família.
- Rezemos: Ó glorioso São José, chefe da Sagrada família, em vós confio e de vós imploro bênçãos e proteção. Muitos são os caminhos neste mundo, mas só Jesus nos leva ao Pai e à felicidade, por isso, bondoso santo, vos peço que me leveis para mais perto de Deus. Que eu busque a santidade como vós fostes santo. Em vós coloco a minha esperança de perseverar no bom caminho. Amém.
- Leitura: São José “foi constituído por Deus como chefe de sua família, para que, como servo fiel e prudente, guardasse com solicitude paterna o seu Filho Unigênito” (Rc 8). Coube a ele no exercício dos seus direitos paternos, assim como de suas funções de chefe da Sagrada Família, proteger, guiar, alimentar e educar Jesus. Será a José que o anjo aparecerá e lhe comunicará a destinação para o Egito: “Toma o menino e sua mãe e foge para o Egito…” (Mt 2,13-20) e assim José partirá com Maria e Jesus para o Egito e permanecerá lá até a morte de Herodes (Mt 2,19). Depois dos anos de exílio no Egito, novamente José recebeu ordens do anjo para voltar para a sua pátria (Mt 2,39) e escolheu de ir morar em Nazaré da Galileia. José exercerá também sua missão de pai quando praticará o costume de ir todos os anos a Jerusalém por ocasião da Páscoa (Lc 2,41) e conviverá com Jesus em Nazaré onde o menino lhe era obediente (Lc, 2,51). Portanto, José foi ao mesmo tempo guarda legítimo e natural, chefe e defensor da família divina, ministério que exerceu durante toda a sua vida (São José, aquele que exprimiu as perfeições de Deus na terra).