São José, amante da pobreza. (Olhemos para São José. Livro 1: Conhecendo. #28)

CONHECENDO A PESSOA, A MISSÃO E A ESPIRITUALIDADE DE SÃO JOSÉ, por Padre José Antônio Bertolin, Oblato de São José.

28º dia – São José, amante da pobreza

São José pertence à classe operária e experimentou o peso da pobreza para si e para a Sagrada família, da qual era o vigilante e afetuoso chefe (Bento XV)

Buscando o crescimento espiritual: A pobreza de São José não constituiu apenas da privação dos bens materiais, mas também no desprendimento de sua pessoa e na aceitação serena da vontade de Deus; empenharei para que o seu exemplo de desprendimento me leve a ser desprendido de tudo o que possa impedir a minha fidelidade a Deus

  • A casa de Nazaré formada por Jesus, Maria e José era pobre, mas digna, por isso, viver a pobreza não tem nada a ver com o desleixo, a sujeira ou o descuido, mas com o cuidado de não viver uma corrida desenfreada para os bens materiais como se esses fossem as coisas mais importantes a serem buscados e a se preocupar, ou com a preocupação da busca do luxo ou com um comportamento de não se abrir a mão de nada que tire o prazer, o conforto, o comodismo. José aceitou e viveu a pobreza não apenas com a privação dos bens materiais, mas também por amor ele aceitou a efetiva pobreza que lhe foi pedida em relação à fecundidade de Maria. Ele não reivindicou sua legítima prerrogativa de esposo sobre a sua esposa porque sabia que ela pertencia totalmente a Deus na sua alma e no seu corpo, quando ele aceitou de ter sobre ela somente a autoridade que Deus lhe tinha conferido. Ele se casou com Maria num desprendimento total, o qual ele já vivia no íntimo do seu coração. Ele aceitou que Deus realizasse a sua obra salvadora sem a sua colaboração direta ou física; aceitou que apenas Maria fosse o instrumento para a formação do corpo de Jesus, tornando, portanto, Maria mais importante que ele. Ele aceitou de ser pobre segundo a carne e segundo o sangue para colaborar plenamente em nível pessoal como pai e esposo no plano da encarnação de Jesus e sem direito de reivindicação em nada, mas sendo magnânimo.
  • O Papa Pio XI afirma que São José “pertenceu à classe operária e experimentou o peso da pobreza em si e na Sagrada Família de que era chefe vigilante e afetuoso… Com uma vida de fidelíssimo cumprimento do dever quotidiano, deixou um exemplo de vida a todos os que têm de ganhar o pão com o trabalho de suas mãos e mereceu ser chamado o Justo, exemplo vivo daquela justiça cristã, que deve reinar na vida social” (Encíclica Divini Redemptoris, 19 de março de 1937). Quando contemplarmos a cena de Belém, constatamos que aquele acontecimento inaudito do nascimento do Filho de Deus foi para José de grandíssima alegria, mas foi também de grandíssimo sofrimento por ver os seus dois tesouros naquela situação de extrema pobreza. As privações que sentiu naquela noite da falta do necessário para Jesus e Maria pesaram de modo particular em seu coração, tanto é verdade que alguns josefólogo chegaram a afirmar que Belém foi para José um calvário.
  • Rezemos: Humilde São José, que, vivendo em pobreza dignificastes a vossa profissão pelo trabalho constante e vos sentistes feliz em servir a Jesus e Maria com o fruto do vosso suor, alcançai-me a graça de amar o meu trabalho como um dever, procurando cumprir sempre a vontade de Deus. Amém.

Leitura: O Papa Paulo VI afirma que São José foi “um modesto, pobre, obscuro e pequeno operário primitivo que não tem nada de especial e que não deixa no próprio evangelho qualquer verdadeiro acento de sua voz”. Constatamos, portanto, que tanto a sua paternidade como a sua função de esposo de Maria, foram exercidas numa atitude de pobreza e de desprendimento. De fato, Jesus deu início à obra de salvação dentro de uma família pobre e sem nenhuma projeção social da qual José era o chefe, e que a vida dele, de Maria e de José foi constituída primeiro na pobreza de Belém, depois no exílio do Egito, e por fim, no pacato e desprezado lugarejo de Nazaré.

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