Sob o olhar de São José, santifiquemo-nos através do trabalho. (baseado nos ensinamentos do Papa São João Paulo II – Domingo 15)

Série: 54 Domingos em honra de São José

Domingo 15

Sob o olhar de São José, santifiquemo-nos através do trabalho

(baseado nos ensinamentos de São José Marello e o São João Paulo II)

Deixe São José conduzir você e quem você ama até o Céu!

Sob o olhar de São José, santifiquemo-nos através do trabalho.

Os grandes santos atingiram sua santidade não tanto por pela prática de virtudes extraordinárias, para as quais as ocasiões são muito raras, mas com os atos repetidos e incessantes das pequenas virtudes. Assim, São José não fez coisas extraordinárias; mas com a prática constante de virtudes ordinárias e comuns atingiu aquela santidade que o eleva muito além de todos os outros santos.”. [1] (São José Marello)

São José Marello nos ensinou que São José não fez coisas extraordinárias; mas com a prática constante de virtudes ordinárias e comuns atingiu aquela santidade que o eleva muito além de todos os outros santos. E lembra também que Jesus nem sempre realizou atos extraordinários. Vejamos: [2]

O grão de mostarda é considerado a menor das sementes semeadas na horta, e no entanto, ela se desenvolve a ponto de se tornar uma grande e bela árvore. Por esta razão ela representa bem as pequenas virtudes, as quais podem produzir uma grande santidade. De fato, os grandes santos atingiram sua santidade não tanto por pela prática de virtudes extraordinárias, para as quais as ocasiões são muito raras, mas com os atos repetidos e incessantes das pequenas virtudes. Assim, São José não fez coisas extraordinárias; mas com a prática constante de virtudes ordinárias e comuns atingiu aquela santidade que o eleva muito além de todos os outros santos. Também Jesus não realizou sempre atos extraordinários e heroicos, como o afastamento da mãe e a morte de cruz. Mas quantos atos de virtude Ele fez e quanto mereceu! (São José Marello)

O Papa São João Paulo II, por ocasião do Jubileu dos Trabalhadores, em 01/05/2000, nos relembrou que São José “ensinou a Jesus a profissão de carpinteiro, mas deu-lhe sobretudo um validíssimo exemplo daquilo a que a Escritura chama “temor de Deus”, princípio mesmo da sabedoria”.  Vejamos:

Estimados trabalhadores, o nosso encontro é iluminado pela figura de São José de Nazaré, pela sua estatura espiritual e moral que é tanto mais elevada quando mais é humilde e discreta. Nele realiza-se a promessa do Salmo: “Feliz quem teme a Javé e anda nos Seus caminhos! Comerás do trabalho das tuas mãos, tranquilo e feliz… esta é a bênção para o homem que teme a Javé!” (128 [127], 1-2.4). O Guardião do Redentor ensinou a Jesus a profissão de carpinteiro, mas deu-lhe sobretudo um validíssimo exemplo daquilo a que a Escritura chama “temor de Deus”, que consiste na submissão religiosa a Ele e no desejo íntimo de buscar e cumprir sempre a Sua vontade. Caríssimos, esta é a autêntica nascente da bênção para cada homem, família e nação. (São João Paulo II). [3]

O Papa São João Paulo II, na Exortação Apostólica Redemptoris Custos, nos ensinou que São José e Jesus transformavam o trabalho numa manifestação de amor. Vejamos [4]:

A expressão quotidiana deste amor na vida da Família de Nazaré é o trabalho. O texto evangélico especifica o tipo de trabalho, mediante o qual José procurava garantir a sustentação da Família: o trabalho de carpinteiro. Esta simples palavra envolve toda a extensão da vida de José. Para Jesus este período abrange os anos da vida oculta, de que fala o Evangelista, a seguir ao episódio que sucedeu no templo: “Depois, desceu com eles para Nazaré e era-lhes submisso” (Lc 2,51). Esta “submissão”, ou seja, a obediência de Jesus na casa de Nazaré é entendida também como participação no trabalho de José. Aquele que era designado como o “filho do carpinteiro”, tinha aprendido o ofício de seu “pai” putativo. (São João Paulo II)

O Papa São João Paulo II, na Exortação Apostólica Redemptoris Custos, nos ensinou o trabalho de Jesus ao lado de São José contribui muito com o seu crescimento em sabedoria, em estatura e em graça. Vejamos: [5]

No crescimento humano de Jesus “em sabedoria, em estatura e em graça” teve uma parte notável a virtude da laboriosidade, dado que “o trabalho é um bem do homem”, que “transforma a natureza” e torna o homem, “em certo sentido, mais homem”

A importância do trabalho na vida do homem exige que se conheçam e assimilem todos os seus conteúdos, “para ajudar os demais homens a aproximarem-se através dele de Deus, Criador e Redentor, e a participarem nos seus desígnios salvíficos quanto ao homem e quanto ao mundo; e ainda, a aprofundarem na sua vida e amizade com Cristo, tendo, mediante a fé vivida, uma participação no seu tríplice múnus: de Sacerdote, de Profeta e de Rei”. (São João Paulo II)

O Papa São João Paulo II, na Exortação Apostólica Redemptoris Custos, também nos ensinou que o trabalho pode ser uma oportunidade de santificação da vida quotidiana através da vivência de virtudes comuns, humanas, simples e autênticas Vejamos: [6]

Trata-se, em última análise, da santificação da vida quotidiana, no que cada pessoa deve empenhar-se, segundo o próprio estado, e que pode ser proposta apontando para um modelo acessível a todos: “São José é o modelo dos humildes, que o Cristianismo enaltece para grandes destinos; … é a prova de que para ser bons e autênticos seguidores de Cristo não se necessitam ‘grandes coisas’, mas requerem-se somente virtudes comuns, humanas, simples e autênticas”. Sob o olhar de São José, aprendamos o grande valor do trabalho e do empenho pela santificação da vida cotidiana. (São João Paulo II)


[1] São José Marello, Bispo e Fundador

[2] São José Marello, Bispo e Fundador.

[3] São João Paulo II. Papa. 01/05/2000. Homilia por ocasião do Jubileu dos Trabalhadores.

[4] São João Paulo II. Papa. Exortação Apostólica Redemptoris Custos, 22.

[5] São João Paulo II. Papa. Exortação Apostólica Redemptoris Custos, 23.

[6] São João Paulo II. Papa. Exortação Apostólica Redemptoris Custos, 24.

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