São José, modelo de vida interior e escondida. (Valdivino Simões da Silva, esposo e pai) (Domingo 10)

Série: 54 Domingos em honra de São José

Domingo 10

São José, modelo de vida interior e escondida.

(Valdivino Simões da Silva, esposo e pai)


Tomemos por exemplo o glorioso São José: ele também tinha que dedicar-se a ocupações externas para alimentar à Sagrada Família, e portanto, podia rezar pouco, e aos olhos do mundo não desempenhava nenhum papel: mas, quanto valor tinham para o Senhor as belíssimas jornadas de São José! (São José Marello)

Tinham grande valor, aos olhos do Senhor, as belíssimas jornadas de São José!

As “jornadas de São José” é uma expressão que sintetiza todas as atividades simples que aos olhos do mundo têm pouco ou nenhum valor, justamente por serem tão simples e comuns. Muitas vezes, ao longo de sua vida em Nazaré, ao lado de Jesus e Maria, José exerceu atividades cotidianas, comuns a tantas outras famílias de seu tempo.

Algumas destas atividades eram decorrentes do trabalho: preparar as ferramentas; comprar materiais; receber clientes; acertar preços; planejar o produto e o serviço; limpar o local de trabalho; interromper o trabalho para o almoço e recomeçar mais tarde; intercalar trabalho e breves orações; esculpir; cortar; transportar; entregar; e tantas outras, aparentemente sem valor expressivo.

Outras eram decorrentes da vida familiar: deitar-se; dormir; levantar-se; cozinhar; almoçar; jantar; vestir e desvestir o filho pequeno; dar banho no filho; ajudar o filho nos primeiros passos; nas primeiras letras; e tantas outras, aparentemente sem valor expressivo.

Ao executar estas atividades, “aparentemente sem valor expressivo”, São José foi muitas e muitas vezes visto por seus contemporâneos, indo e vindo. Ora acompanhado por Jesus, ora por Maria, ora por ambos. Muitas vezes sozinho. Indo e vindo pelos caminhos da humilde Nazaré; ou peregrinando a Jerusalém; ou visitando amigos e parentes; ou a trabalho.
Aos olhos dos desatentos as jornadas de São José não passavam de idas e vindas de um homem simples e dedicado à sua família e seu trabalho. Ao olharem para estas atividades externas, não percebiam a grandeza de sua vida interior, tão bem descrita pelo Papa João Paulo II na Exortação Apostólica Redemptoris Custos.

Aos olhos de Deus, porém, como eram preciosas as belíssimas jornadas de São José. São José Marello nos convida a imitar São José e santificar as pequenas coisas e nos ensina que o caminho para viver do jeito de São José é transformar nossas ações simples do dia a dia em ocasião de louvor a Deus e crescimento: “cultivar a via interior e escondida”, como José. Vejamos três preciosos ensinamentos de São José Marello:

Tomemos por exemplo o glorioso São José: ele também tinha que dedicar-se a ocupações externas para alimentar à Sagrada Família, e portanto, podia rezar pouco, e aos olhos do mundo não desempenhava nenhum papel: mas, quanto valor tinham para o Senhor as belíssimas jornadas de São José! (São José Marello)

Recomendemo-nos a São José, guia e mestre da vida espiritual, sublime modelo de vida interior e escondida. Ele também se encontrou nas mesmas circunstâncias em sua vida familiar: imitemo-lo na prática daquelas virtudes comuns e escondidas, que tanto agradam a Deus e tanto ajudam a alma a progredir e a santificar-se. (São José Marello)

Cuidemos de santificar as pequenas coisas: um pequeno ato de paciência ou de caridade, acompanhado de reta intenção, adquire um imenso valor aos olhos de Deus. São José não fez coisas extraordinárias; mas com a prática constante de virtudes ordinárias e comuns atingiu aquela santidade que o eleva muito além de todos os outros santos. (São José Marello)

O Papa Bento XVI também valorizava muito a pessoa de São José e nos motivada a seguir o seu e a apreciar a beleza de uma vida familiar simples e laboriosa.

Na Solenidade de São José de 2006 o Papa Bento XVI, falando de São José, orienta os pais e mães de família a “desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou”, tendo por exemplo São José. Vejamos:

“O exemplo de São José é para todos nós um forte convite a desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou. Penso antes de tudo, nos pais e nas mães de família, e rezo para que saibam sempre apreciar a beleza de uma vida simples e laboriosa, cultivando com solicitude o relacionamento conjugal e cumprindo com entusiasmo a grande e difícil missão educativa”. (Papa Bento XVI – Solenidade de São José – 19 de março de 2006)

São José Marello apresenta a Sagrada Família como exemplo e nos ensina que o que transforma uma vida interior e escondida numa vida frutuosa e abençoada, é a prática do santo recolhimento, ou seja, de intimidade com Deus. Vejamos:

Imensas são as vantagens que se tiram da união com Deus no santo recolhimento. Vejam a Jesus, Maria e José, os três maiores personagens que viveram nesta terra. Que faziam eles em Nazaré? Nada de grande e extraordinário aparentemente; não se dedicavam senão a ocupações humildes e ordinárias, próprias de uma família de trabalhadores. Mas estando eles animados pelo espírito de oração e de união com Deus todas as suas ações assumiam um valor e esplendor imenso aos olhos do céu. Não se trata, pois, de fazer ações extraordinárias, senão de fazer em cada coisa a vontade de Deus. Sejam pequenos ou grandes os trabalhos que nos tenham sido designados, basta que os façamos por obediência à vontade de Deus e conseguiremos neles grandes méritos. (São José Marello)

São José, luminoso modelo de vida interior e escondida, rogai por nós. Ajuda-nos a compreender que sejam pequenos ou grandes os trabalhos que nos tenham sido designados, basta que os façamos por obediência à vontade de Deus e conseguiremos neles grandes méritos.

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