(2024. Ano da Oração. Preparando-se para o Jubileu 2025. Peregrinos da Esperança)

Preparando-se para o Jubileu 2025. Peregrinos da Esperança
01/03/24. A grande profecia do Papa São João Paulo II
- É para mim uma alegria cumprir este dever pastoral no intuito de que cresça em todos a devoção ao Patrono da Igreja universal e o amor ao Redentor, que ele serviu de maneira exemplar. Desta forma, todo o povo cristão não só recorrerá a São José com maior fervor e invocará confiadamente o seu patrocínio, mas também terá sempre diante dos olhos o seu modo humilde e amadurecido de servir e de “participar” na economia da salvação. (São João Paulo II. Papa. Exortação Apostólica Redemptoris Custos).
02/03/2024. São José ajuda a realizar os sonhos que Deus tem para cada um.
- “São José constitui um ícone exemplar do acolhimento dos projetos de Deus. Trata-se, porém, de um acolhimento ativo, nunca de abdicação nem capitulação; ele «não é um homem resignado passivamente. O seu protagonismo é corajoso e forte». Que ele ajude a todos, sobretudo aos jovens em discernimento, a realizar os sonhos que Deus tem para cada um; inspire a corajosa intrepidez de dizer «sim» ao Senhor, que sempre surpreende e nunca desilude!”. (Papa Francisco)
03/03/2024 Conduze-nos, São José, para onde a Divina Providência quer que cheguemos
- Tu, ó José, indica-nos o caminho, sustenta-nos a cada passo, conduze-nos para onde a Divina Providência quer que cheguemos. Quer seja comprido ou curto, quer seja bom ou mau o caminho, quer se enxergue ou não a meta com a vista humana, depressa ou devagar, contigo, ó José, estamos certos de que caminharemos sempre bem. (São José Marello)
04/03/2024. Família de Nazaré, modelo de relação filial com Deus Pai
- No episódio de Jesus com doze anos são registadas também as suas primeiras palavras: «Por que me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de Meu Pai»?» (Mt 2, 49)… a partir de então, a vida na Sagrada Família ficou ainda mais repleta de oração, porque do Coração de Jesus menino — e depois adolescente e jovem —jamais deixará de se difundir e refletir nos corações de Maria e de José este sentido profundo da relação com Deus Pai. Este episódio mostra-nos a verdadeira situação, a atmosfera do estar com o pai. Assim, a Família de Nazaré é o primeiro modelo da Igreja no qual, em volta da presença de Jesus e graças à sua mediação, todos vivem a relação filial com Deus Pai, que transforma também as relações interpessoais, humanas. (Papa Bento XVI)
05/03/2024. Em Nazaré Jesus aprendeu a alternar oração e trabalho, e a oferecer a Deus também a fadiga para ganhar o pão necessário para a família
- O Evangelho, como sabemos, não conservou palavra alguma de José: a sua presença é silenciosa mas fiel, constante, laboriosa. Podemos imaginar que também ele, como a sua esposa e em íntima consonância com ela, tenha vivido os anos da infância e da adolescência de Jesus deleitando-se, por assim dizer, com a sua presença na família. José cumpriu plenamente o seu papel paterno, sob todos os aspectos. Certamente educou Jesus na oração, juntamente com Maria. Ele, em particular, tê-lo-á levado consigo à sinagoga, aos ritos do sábado, assim como a Jerusalém, para as grandes festas do povo de Israel. José, segundo a tradição judaica, terá guiado a oração doméstica quer no dia a dia — de manhã, à noite, nas refeições — quer nas principais festas religiosas. Assim, no ritmo dos dias transcorridos em Nazaré, entre a casa simples e a oficina de José, Jesus aprendeu a alternar oração e trabalho, e a oferecer a Deus também a fadiga para ganhar o pão necessário para a família. (Papa Bento XVI)
06/03/2024. A Sagrada Família nos ensina a importância das peregrinações
- Há outro episódio que vê a Sagrada Família de Nazaré reunida num acontecimento de oração. Aos doze anos Jesus vai com os seus ao templo de Jerusalém. Este episódio insere-se no contexto da peregrinação, como ressalta são Lucas: «Seus pais iam todos os anos a Jerusalém pela festa de Páscoa. Quando chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume dos dias de festa» (2, 41-42). A peregrinação é uma manifestação religiosa que se alimenta de oração e, ao mesmo tempo, a alimenta. Trata-se aqui da peregrinação pascal, e o Evangelista faz-nos observar que a família de Jesus a vive todos os anos, para participar nos ritos na Cidade santa. A família judia, como a cristã, reza na intimidade doméstica, mas reza também juntamente com a comunidade, reconhecendo-se parte do Povo de Deus a caminho. A Páscoa é o centro e o ápice de tudo isto, e envolve a dimensão familiar e a do culto litúrgico e público. (Papa Bento XVI)
07/03/2024. São José é nosso Advogado no Céu.
- “São José é nosso advogado no céu. Sobre a terra quem tem uma causa qualquer a sustentar no tribunal dirige-se, podendo, aos melhores advogados e quanto mais um advogado é famoso, tanto mais coloca nele sua confiança. Assim, se é permitida a comparação, São José é o nosso advogado, o nosso patrocinador, aliás, nosso pai, e nós somos os seus clientes, os seus protegidos, seus filhos. Devemos por isso colocar nele toda a nossa confiança em todas as causas que tivermos com o Senhor. E sobretudo devemos confiar que Ele patrocine vitoriosamente a nossa causa última e decisiva, que é aquela de uma boa morte e de uma sentença benigna no tribunal de Deus”. (São José Marello)
08/03/2024. Alegremo-nos por sermos protegidos por São José.
- “Alegremo-nos por sermos protegidos por São José, o qual é tão poderoso junto a Jesus, que não sabe negar-lhe nada. Jesus sobre esta terra somente deu tudo continuamente sem receber nada de niguém; somente de Maria e de José recebeu tantos préstimos. Agora Ele gosta de retribuir no céu os serviços que recebeu na terra e por isso concede a São José tudo quanto ele pede. E São José, o qual não precisa de mais nada para si, pede e recebe para nós, que somos seus clientes afeiçoados e devotos.” (São José Marello)
09/03/2024. O exemplo de São José é para todos nós um forte convite a desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou.
- “O exemplo de São José é para todos nós um forte convite a desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou. Penso antes de tudo, nos pais e nas mães de família, e rezo para que saibam sempre apreciar a beleza de uma vida simples e laboriosa, cultivando com solicitude o relacionamento conjugal e cumprindo com entusiasmo a grande e difícil missão educativa. Aos sacerdotes, que exercem a paternidade em relação às comunidades eclesiais, São José obtenha que amem a Igreja com afecto e dedicação total, e ampare as pessoas consagradas na sua jubilosa e fiel observância dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência. Proteja os trabalhadores de todo o mundo, para que contribuam com as suas várias profissões para o progresso de toda a humanidade, e ajude cada cristão a realizar com confiança e com amor a vontade de Deus, cooperando assim para o cumprimento da obra da salvação“. Papa Bento XVI. Angelus 19/03/2006
10/03/2024. Lembra-te de nós, bem-aventurado José.
- Quando a bondade divina escolhe alguém para uma graça singular, dá-lhe todos os carismas necessários, o que aumenta muito a sua beleza espiritual. Isto verificou-se totalmente com São José, pai legal de Nosso Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da Rainha do mundo e Soberana dos anjos. O Pai eterno escolheu-o para ser o guardião fiel dos Seus principais tesouros, quer dizer, de Seu Filho e de Sua esposa, função que ele desempenhou muito fielmente. Foi por isso que o Senhor disse: «Servo bom e fiel, entra no gozo do teu senhor» (Mt 25,21).
- Se comparares José com o resto da Igreja de Cristo, não é verdade que é um homem particularmente escolhido, pelo qual Cristo entrou no mundo de maneira regular e honrosa? Pois se toda a Santa Igreja é devedora para com a Virgem Maria porque foi a Ela que foi dado receber Cristo, após Ela, é a São José que deve um reconhecimento e um respeito sem paralelo.
- Ele é, com efeito, o epílogo do Antigo Testamento: é nele que a dignidade dos patriarcas e dos profetas recebe o fruto prometido. Só ele possuiu realmente o que a bondade divina lhes tinha prometido. Certamente não podemos duvidar de que a intimidade e o respeito que, durante a Sua vida humana, Cristo deu a José, como um filho a seu pai, não lhe foram negados no céu, antes foram enriquecidos e completados. O Senhor também acrescentou: «Entra no gozo do teu senhor».
- Lembra-te de nós, bem-aventurado José, intercede, pelo auxílio da tua oração, junto de teu Filho adotivo; torna igualmente propícia a bem-aventurada Virgem, tua esposa, porque Ela é a mãe Daquele que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina pelos séculos sem fim.
- São Bernardino de Siena (1380-1444)
11/03/2024. Só podemos compreender toda a personalidade de José em conexão com a Encarnação de Jesus
- Só podemos compreender toda a personalidade de José em conexão com a Encarnação de Jesus. E nesta perspectiva que uma teologia Josefina madura pode explicar a sua missão em relação a Jesus. Deus quis que o seu Filho, ao fazer-se homem no meio dos homens, necessitasse dos préstimos de algumas pessoas na colaboração do seu plano salvífico. Jesus precisava de uma mãe para encarnar-se no seio e nutrir-se dela: precisou de uma família para situar-se, crescer e educar-se; precisou de um pai, para que ao longo dos anos atendesse as suas necessidades materiais e espirituais. Portanto, a vocação de José como esposo de Maria e pai virginal de Jesus valeu-lhe o mérito de agir na cooperação e realização do mistério da encarnação. Sua participação na redenção não foi marginal, mas fundamental para que Jesus nascesse numa família da qual ele era o chefe. O decreto da Encarnação predestinado por Deus desde sempre para realizar-se no tempo abrange em si também todas as circunstancias nas quais devia se realizar; ou seja, o fato em si, os modos e o tempo. Neste sentido, Jesus devia nascer de uma mulher ao mesmo tempo casada e virgem, devia ter na terra uma mãe e um pai, devia ser acolhido por uma família plenamente constituída. Maria devia formá-lo no ventre, José devia transmitir-lhe uma genealogia; dar-lhe um nome e protegê-lo na terra.
- São José, Imagem Terrestre da Bondade de Deus. Pe. José Antonio Bertolin O.S.J.
12/03/2024. José, esposo de Maria e pai de Jesus. Aqui estão verdades de Fé que devemos alimentar de modo mais intenso e decisivo.
- José, esposo de Maria e pai de Jesus. Aqui estão verdades de Fé que devemos alimentar de modo mais intenso e decisivo. O Esposo de Maria não é um simulador de matrimônio, mas um autêntico companheiro de vida e esperança da Mãe do Senhor. Embora aparentemente limitado, o matrimônio de José e Maria foi verdadeiro, como muitos pensadores cristãos já refletiram.
- E José é o verdadeiro pai de Jesus, o que não devemos deixar de afirmar. No entanto, é muito comum que isto não seja apresentado de modo claro quando, por exemplo, se afirma que ele é o “pai nutrício”, o “pai adotivo”, o “pai legal” de Jesus. Por que estas limitações para a paternidade de José sobre Jesus? Talvez porque não se entenda ainda que pai, como também mãe, é quem assume a tarefa da paternidade, independente da geração física.
- Em Mateus 1,18–25, na anunciação de Jesus a José, a missão daquele homem, da família de Judá, é a de legitimar a identidade de Jesus frente a sociedade de Israel. Em João 1,42 lemos que os contemporâneos de Jesus perguntavam sobre Ele: “Esse não é Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos?” A referência humana de Jesus na sociedade de seu tempo era, em grande medida, José, seu pai.
- Pe. Mauro Negro, OSJ
13/03/2024. São José foi escolhido pelo Pai eterno para ser o guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria.
- É esta a regra geral de todas as graças especiais concedidas a qualquer criatura racional: quando a providência divina escolhe alguém para uma graça particular ou estado superior, também dá à pessoa assim escolhida todos os carismas necessários para o exercício de sua missão.
- Isto verificou-se de forma eminente em São José, pai adotivo do Senhor Jesus Cristo e verdadeiro esposo da rainha do mundo e senhora dos anjos. Com efeito, ele foi escolhido pelo Pai eterno para ser o guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E cumpriu com a máxima fidelidade sua missão. Eis por que o Senhor lhe disse: Servo bom e fiel! Vem participar da alegria do teu Senhor! (Mt 25,21).
- Consideremos São José diante de toda a Igreja de Cristo: acaso não é ele o homem especialmente escolhido, por quem e sob cuja proteção se realizou a entrada de Cristo no mundo de modo digno e honesto? Se, portanto, toda a santa Igreja tem uma dívida para com a Virgem Mãe, por ter recebido a Cristo por meio dela, assim também, depois dela, deve a São José uma singular graça e reverência.
- São Bernardino de Sena.
14/03/2024. São José foi santificado ainda no seio materno.
- Atribuem-se a São José privilégios e perfeições que, na verdade, dificilmente podemos contestar. Entre os muitos privilégios que lhe são conferidos inclui-se o de sua santificação já no seio materno. Tal prerrogativa foi possuída por Jeremias: “Antes que saísse do seio de tua mãe, eu te santifiquei”. Também João Batista teve esse privilégio: “Será cheio do Espírito Santo, desde o seio de sua Mãe “Ora, São José, devido à sua união com Jesus, também não haveria de ter tal privilégio de santificação? Costuma-se ainda atribuir ao nosso Patriarca o privilégio da impecabilidade, atribuição compartilhada por quase todos os autores, que afirmam ter sido ele confirmado na graça e, portanto, evitou o pecado.
- A figura rica e fascinante, humilde e singela de José fez com que Gerson (1363-1429), grande teólogo Josefino, defendesse solenemente a afirmação da santificação de José no seio materno, não excluindo, porém a possibilidade de que ele tenha contraído o pecado original. Já no século XIV, os padres Carmelitas usavam um breviário que continha um hino que ressaltava claramente a ausência de qualquer mancha de pecado em Maria e em José.
- Mas foi São Bernardino de Bustis, morto em 1500, quem ensinou que, assim como Deus quis preservar Maria do pecado original, para que fosse digníssima mãe, assim também quis preservar José da mesma mancha, para que fosse esposo digno e pudesse assemelhar-se, na pureza, a Maria.
- (José Antônio Bertolin, Oblato de São José)
15/03/2024. Quão valiosa é a escola de Nazaré para o homem contemporâneo
- “Quão valiosa é a escola de Nazaré para o homem contemporâneo, ameaçado por uma cultura que muito amiúde exalta as aparências e o êxito, a autonomia e um falso conceito de liberdade individual! Pelo contrário, quanta necessidade há de recuperar o valor da simplicidade, da obediência, do respeito e da busca amorosa da vontade de Deus!” (São João Paulo II)
16/03/2024. A Família de Jesus, Maria e José, imagem modelo de toda família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré.
- Ao celebrarmos a solenidade da Sagrada Família, queremos estar em comunhão com todas as nossas famílias, desejando que a família de Jesus, Maria e José, imagem modelo de toda família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida. E que Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda do Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção. (Dom Orani João Tempesta)
17/03/2024 A insondável vida interior de São José.
- Também quanto ao trabalho de carpinteiro na casa de Nazaré se estende o mesmo clima de silêncio, que acompanha tudo aquilo que se refere à figura de José. Trata-se, contudo, de um silêncio que desvenda de maneira especial o perfil interior desta figura. Os Evangelhos falam exclusivamente daquilo que José “fez”; no entanto, permitem-nos auscultar nas suas “ações”, envolvidas pelo silêncio, um clima de profunda contemplação. José estava quotidianamente em contato com o mistério “escondido desde todos os séculos”, que “estabeleceu a sua morada” sob o teto da sua casa. Isto explica, por exemplo, a razão por que Santa Teresa de Jesus, a grande reformadora do Carmelo contemplativo, se tornou promotora da renovação do culto de São José na cristandade ocidental.
- O sacrifício total, que José fez da sua existência inteira, às exigências da vinda do Messias à sua própria casa, encontra a motivação adequada na “sua insondável vida interior, da qual lhe provêm ordens e consolações singularíssimas; dela lhe decorrem também a lógica e a força, própria das almas simples e límpidas, das grandes decisões, como foi a de colocar imediatamente à disposição dos desígnios divinos a própria liberdade, a sua legítima vocação humana e a felicidade conjugal, aceitando a condição, a responsabilidade e o peso da família e renunciando, por um incomparável amor virgíneo, ao natural amor conjugal que constitui e alimenta a mesma família” (37).
- Esta submissão a Deus, que é prontidão de vontade para se dedicar às coisas que dizem respeito ao seu serviço, não é mais do que o exercício da devoção, que constitui uma das expressões da virtude da religião (38).
18/03/2024. O trabalho expressão do amor.
- No crescimento humano de Jesus “em sabedoria, em estatura e em graça” teve uma parte notável a virtude da laboriosidade, dado que “o trabalho é um bem do homem”, que “transforma a natureza” e torna o homem, “em certo sentido, mais homem” (34).
- A importância do trabalho na vida do homem exige que se conheçam e assimilem todos os seus conteúdos, “para ajudar os demais homens a aproximarem-se através dele de Deus, Criador e Redentor, e a participarem nos seus desígnios salvíficos quanto ao homem e quanto ao mundo; e ainda, a aprofundarem na sua vida e amizade com Cristo, tendo, mediante a fé vivida, uma participação no seu tríplice múnus: de Sacerdote, de Profeta e de Rei” (35).
- Trata-se, em última análise, da santificação da vida quotidiana, no que cada pessoa deve empenhar-se, segundo o próprio estado, e que pode ser proposta apontando para um modelo acessível a todos: “São José é o modelo dos humildes, que o Cristianismo enaltece para grandes destinos; … é a prova de que para ser bons e autênticos seguidores de Cristo não se necessitam ‘grandes coisas’, mas requerem-se somente virtudes comuns, humanas, simples e autênticas”. (36)
- São João Paulo II. Redemptoris Custos.
19/03/2024. São José, Patrono da Igreja do nosso tempo.
- Em tempos difíceis para a Igreja, Pio IX, desejando confiá-la à especial proteção do Santo Patriarca José, declarou-o “Patrono da Igreja católica” (42). Esse Sumo Pontífice sabia que não estava realizando um gesto descabido, porque, em virtude da excelsa dignidade concedida por Deus a este seu servo fidelíssimo, “a Igreja, depois da Virgem Santíssima, esposa dele, teve sempre em grande honra e cumulou de louvores o Bem-aventurado José e, no meio das angústias, de preferência foi a ele que recorreu” (43).
- Quais são os motivos de tão grande confiança? O Papa Leão XIII expõe-nos assim: “As razões pelas quais o Bem-aventurado José deve ser considerado especial Patrono da Igreja, e a Igreja, por sua vez, deve esperar muitíssimo da sua proteção e do seu patrocínio, provêm principalmente do fato de ele ser esposo de Maria e pai putativo de Jesus (…). José foi a seu tempo legítimo e natural guarda, chefe e defensor da divina Família (…). É algo conveniente e sumamente digno para o Bem-aventurado José, portanto, que, de modo análogo àquele com que outrora costumava socorrer santamente, em todo e qualquer acontecimento, a Família de Nazaré, também agora cubra e defenda com o seu celeste patrocínio a Igreja de Cristo” (44).
- Este patrocínio deve ser invocado e continua sempre a ser necessário à Igreja, não apenas para a defender dos perigos, que continuamente se levantam, mas também e sobretudo para a confortar no seu renovado empenho de evangelização do mundo e de levar por diante a nova evangelização dos países e nações “onde – como eu escrevia na Exortação Apostólica Christifideles laici – a religião e a vida cristã foram em tempos tão prósperas”, mas “se encontram hoje submetidas a dura provação” (45). Para levar o primeiro anúncio de Cristo ou para voltar a apresentá-lo onde ele foi deixado de lado ou esquecido, a Igreja precisa de uma particular “força do Alto” (cf. Lc 24, 49), que é dom do Espírito do Senhor, certamente, mas não anda separada da intercessão e do exemplo dos seus Santos.
- Além da confiança na proteção segura de José, a Igreja tem confiança no seu exemplo insigne, um exemplo que transcende cada um dos estados de vida e se propõe a toda a comunidade cristã, sejam quais forem a condição e as tarefas de cada um dos fiéis.
20/03/2024. Salve, guardião do Redentor e esposo da Virgem Maria!
- “Salve, guardião do Redentor e esposo da Virgem Maria! A vós, Deus confiou o seu Filho; em vós, Maria depositou a sua confiança; convosco, Cristo tornou-Se homem. Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós e guiai-nos no caminho da vida. Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem, e defendei-nos de todo o mal. Amém.” (Papa Francisco, Patris Corde)
21/03/2024. São José, por favor, reze por este problema.
- Queria ainda dizer-vos algo de pessoal. Amo muito São José, porque é um homem forte e silencioso. Na minha escrivaninha, tenho uma imagem de São José que dorme e, enquanto dorme, cuida da Igreja. Sim! Pode fazê-lo, como sabemos. E, quando tenho um problema, uma dificuldade, escrevo um bilhetinho e meto-o debaixo de São José, para que o sonhe. Este gesto significa: reza por este problema. (Papa Francisco)
22/03/2024. Com São José, cuidemos dos interesses de Jesus, na Igreja e na Sociedade.
- “É preciso procurar em São José as próprias inspirações, ele que foi na terra o primeiro a cuidar dos interesses de Jesus; tratou dele quando criança, protegeu-o menino, fez-lhe papel de pai nos primeiros trinta anos de sua vida na terra”. (São José Marello)
23/03/2024. São José, o Homem do serviço oblativo, vivido em função do outro.
- Uma segunda palavra marca o itinerário de São José e da vocação: serviço. Dos Evangelhos, resulta como ele viveu em tudo para os outros e nunca para si mesmo. O Povo santo de Deus chama-lhe castíssimo esposo, desvendando assim a sua capacidade de amar sem nada reservar para si próprio. Libertando o amor de qualquer posse, abriu-se realmente a um serviço ainda mais fecundo: o seu cuidado amoroso atravessou as gerações, a sua custódia solícita tornou-o patrono da Igreja. Ele que soube encarnar o sentido oblativo da vida, é também patrono da boa-morte. Contudo o seu serviço e os seus sacrifícios só foram possíveis, porque sustentados por um amor maior: «Toda a verdadeira vocação nasce do dom de si mesmo, que é a maturação do simples sacrifício. Mesmo no sacerdócio e na vida consagrada, requer-se este gênero de maturidade. Quando uma vocação matrimonial, celibatária ou virginal não chega à maturação do dom de si mesmo, detendo-se apenas na lógica do sacrifício, então, em vez de significar a beleza e a alegria do amor, corre o risco de exprimir infelicidade, tristeza e frustração» (Ibid., 7). (Papa Francisco)
24/03/2024. São José, o Homem do serviço doação.
- O serviço, expressão concreta do dom de si mesmo, não foi para São José apenas um alto ideal, mas tornou-se regra da vida diária. Empenhou-se para encontrar e adaptar um alojamento onde Jesus pudesse nascer; prodigalizou-se para O defender da fúria de Herodes, apressando-se a organizar a viagem para o Egito; voltou rapidamente a Jerusalém à procura de Jesus que tinham perdido; sustentou a família trabalhando, mesmo em terra estrangeira. Em resumo, adaptou-se às várias circunstâncias com a atitude de quem não desanima se a vida não lhe corre como queria: com a disponibilidade de quem vive para servir. Com este espírito, José empreendeu as viagens numerosas e muitas vezes imprevistas da vida: de Nazaré a Belém para o recenseamento, em seguida para Egito, depois para Nazaré e, anualmente, a Jerusalém, sempre pronto a enfrentar novas circunstâncias, sem se lamentar do que sucedia, mas disponível para dar uma mão a fim de reajustar as situações. Pode-se dizer que foi a mão estendida do Pai Celeste para o seu Filho na terra. Assim não pode deixar de ser modelo para todas as vocações, que a isto mesmo são chamadas: ser as mãos operosas do Pai em prol dos seus filhos e filhas. (Papa Francisco)
25/03/2024. A anunciação do Anjo a São José, o Homem Justo, Esposo de Maria
- No decorrer da sua vida, que foi uma peregrinação na fé, José, como Maria, permaneceu fiel até ao fim ao chamamento de Deus. A vida de Maria foi o cumprimento até às últimas conseqüências daquele primeiro fiat (faça-se) pronunciado no momento da Anunciação; ao passo que José – como já foi dito – não proferiu palavra alguma, quando da sua “anunciação”: “fez como o anjo do Senhor lhe ordenara” (Mt 1,24). E este primeiro “fez” tornou-se o princípio da “caminhada de José”. Ao longo desta caminhada, os Evangelhos não registram palavra alguma que ele tenha dito. Mas esse silêncio de José tem uma especial eloqüência: graças a tal atitude, pode captar-se perfeitamente a verdade contida no juízo que dele nos dá o Evangelho: o “justo” (Mt 1,19). (São João Paulo II. Redemptoris Custos)
26/03/2024. São José, o Homem do Silêncio acolhedor.
- Uma das considerações mais comuns que fazemos a respeito de São José é de que ele é o Homem do Silêncio. É assim que ele aparece nos Evangelhos. Os relatos dos evangelistas que referem poucas palavras pronunciadas por Maria, não conservaram nenhuma de José, como se o silêncio fosse uma característica de sua personalidade.
- Quando José percebe que Maria está grávida, vive em silêncio o dilacerante problema, pensando em deixá-la secretamente e o evangelista não nos relata um diálogo com Maria para esclarecer a situação, mas simplesmente uma aparição do Anjo que dá uma explicação serenando o ânimo de José.
- Enquanto o Anjo lhe pede de tomar Maria como sua esposa ele não diz uma palavra. A sua resposta consistiu em conformar-se com os desígnios de Deus: “José fez como lhe tinha ordenado o Anjo do Senhor e tomou consigo a sua esposa” (Mt 1,24), sua resposta foi um comportamento dócil no cumprimento à vontade divina.
- Nos episódios do nascimento e apresentação de Jesus ao Templo, José participa com todo o coração dos acontecimentos dos quais é testemunha, mas sem uma palavra de sua boca. Mesmo nestas circunstâncias em que podia se esperar uma manifestação de seus sentimentos, ele conserva o silêncio. Quando encontra Jesus sentado no meio dos doutores no Templo, deixa a palavra à Maria para pedir uma explicação.
- O silêncio de José não é pobreza de espírito. É um silêncio que acolheu o mistério da presença do Verbo feito carne e que apreciou a sua riqueza. Ele era consciente de que o mistério no qual foi introduzido com Maria era inexprimível. Ele é o exemplo do homem cuja riqueza interior se desenvolve silenciosamente.
- José com sua atitude convida-nos hoje a apreciar o silêncio, a reservar momentos de silêncio em nossa vida para podermos melhor abrir ao mistério divino que dá o sentido para nossa vida. Mediante o silêncio ele pode viver intensamente unido a Jesus e Maria. Vivendo junto com ambos, em silêncio se deixava penetrar de suas presenças e se enriquecia dos tesouros neles contidos.
- O silêncio era para ele o melhor modo de viver o amor mais profundo. Ele preencheu o próprio silêncio com tudo aquilo que lhe era dado pela presença do Salvador e de sua Mãe. Era um silêncio atento e tudo aquilo que significava esta presença, e sempre aberto para receber tudo aquilo que se lhe apresentava.
- José Antônio Bertolin, Oblato de São José.
27/03/2024. Deus concede a São José a graça de socorrer-nos em todas as necessidades.
- “Para alguns santos parece que Deus concede de socorrer-nos nesta ou naquela necessidade, enquanto que experimentei que ao glorioso São José estende o seu patrocínio sobre todos. Com isso o Senhor quer dar-nos entender que naquele modo em que era-lhe submisso na terra, onde ele como pai putativo mandava, da mesma forma, é agora no céu em fazer tudo o que lhe pede”. (Santa Teresa de Jesus)
28/03/2024. São José superou todos os santos na vida contemplativa.
- São João de Cartagena citando a frase de Provérbios 6,27: “Pode alguém carregar o fogo sem queimar a própria roupa?, afirma igualmente que “José trazia em seu peito o fogo, isto é, Cristo, aliás, infinitas vezes o tocou com suas mãos, trocou suas roupas, vestiu-o, abraçou-o, beijou-o e certamente ardia em si de modo fortíssimo a chama do seu amor” (J.Vives, Summa Josephina, Romae, 1907, nº. 673-675). Por isso, São José superou todos os santos na vida contemplativa em vista de ser tocado profundamente durante a sua missão pelo exemplo de Cristo e de Maria. É por causa desta sua profunda vida interior alimentada pelo amor, que Paulo VI vê nele “a lógica e a força própria das almas simples e límpidas, das grandes decisões, como aquela de colocar-se imediatamente à disposição aos desígnios divinos a sua liberdade, a sua legítima vocação humana.” (Homilia 19/03/1969).
- (Autor(a) não identificada. Fonte: http://www.carmelocuritiba.com.br/)
29/03/2024. Quem poderá medir o amor de São José?
- Quem poderá medir o amor de São José?
- O venerável Padre Jerônimo Gracián escreve em sua obra Josefina: “São João Evangelista, que uma vez se inclinou sobre o peito de Jesus, é chamado pelo Senhor o discípulo amado; qual não será então o amor de São José, que sobre ele tantas vezes se inclinou? E não somente José se inclinou sobre o peito de Jesus, mas numerosas vezes Jesus dormiu sobre o peito de José, colocando sua boca divina sobre aquele coração, amando-o, queimando-o e produzindo fendas de amor! E José vigiava seu sono, contemplando os mistérios contidos no coração de Cristo, motivando-se cada vez mais a amá-lo e enlevando-se em êxtase… Pela atenção e preocupação em amar e servir a Deus, José chegou a amar e ser amado com força, e desta força passou ao aumento e, por fim, ao cume do amor, de tal modo que não podia exprimi-lo de outra forma senão dizendo que, depois de Maria, José amou como José”. (Autor(a) não identificada. Fonte: http://www.carmelocuritiba.com.br/)
30/03/2024. A devoção a São José se vive em uma profunda vida interior mesmo que as formas devocionais para as expressar sejam simples e elementares.
- Como da abundância do coração fala a boca, a abundância da devoção e experiência josefina de Santa Teresa são visíveis em uma série de manifestações externas. E não importa que estas alcancem cotas sobrenaturais muito altas. A altura destas experiências sobrenaturais não fizeram Santa Teresa perder o contato com a terra e a realidade cotidiana. E assim vemos que, enquanto a experiência de São José se vive no mais profundo do espírito, no centro da alma, as formas devocionais para expressar a mesma são as mais simples e elementares, as mais tradicionais e comuns. Para ela, os meios ordinários de devoção daquele tempo continuavam sendo fontes de piedade, de amor, de agradecimento, e os meios de expressar sua religiosidade a seu pai e senhor São José. (Autor(a) não identificada. Fonte: http://www.carmelocuritiba.com.br/)
31/03/2024. São José, fiel companheiro de Maria.
- “Não sei como se pode pensar na Rainha dos Anjos, no tempo em que tanta angústia passou com o Menino Jesus, sem se dar graças a São José pela ajuda que lhe prestou”. (Santa Teresa de Jesus)
