Santificando o meu cotidiano com Santa Teresinha (mensagens diárias selecionadas pelo site Hosana.org)

Dia 94 – Recomendar-me à Virgem Maria

Eu nunca aconselho nada a ninguém sem antes recomendar-me à Virgem Santíssima. Ela é que faz que as palavras que digo tenham eficácia nos que as ouvem.

Dia 95 – A vida é um instante

A vida é um instante entre duas eternidades.

Dia 96 – Como é grande o poder da oração

Como é grande o poder da oração! É como uma rainha que em todo o momento tem acesso direto ao rei e pode conseguir tudo o que lhe pede.

Dia 97 – Uma chuva de rosas

Depois de minha morte, farei cair uma chuva de rosas.

Dia 98 – Fazer o bem na terra

Vou passar meu céu fazendo o bem na terra

Dia 100 – Morrer de Amor, eis minha esperança!

Concluamos esse longo percurso com Santa Teresinha saboreando de suas palavras nesta bela poesia:

Viver de amor

No entardecer do Amor, falando sem figuras,

Assim disse Jesus: “Se alguém me quer amar,

Saiba sempre guardar minha Palavra

Para que o Pai e Eu o venhamos visitar.

Se do seu coração fizer Nossa morada,

Vindo até ele, então, haveremos de amá-lo

E irá, cheio de paz, viver em Nosso Amor!”

Viver de Amor, Senhor, é Te guardar em mim,

Verbo incriado, Palavra de meu Deus,

Ah, divino Jesus, sabes que Te amo sim,

O Espírito de Amor me abrasa em chama ardente;

Somente enquanto Te amo o Pai atraio a mim.

Que Ele, em meu coração, eu guarde a vida inteira,

Tendo a Vós, ó Trindade, como prisioneira

Do meu Amor!…

Viver de Amor é viver da Tua vida,

Delícia dos eleitos e glorioso Rei;

Vives por mim numa hóstia escondido,

Escondida também por Ti eu viverei!

Os amantes procuram sempre a solidão:

Coração, noite e dia, em outro coração;

Somente Teu olhar me dá felicidade: Vivo de Amor!

Viver de amor não é, nesta terra,

A nossa tenda armar nos cumes do Tabor;

É subir o Calvário com Jesus,

Como um tesouro olhar a cruz!

No céu eu viverei de alegrias,

Quando, então, todo sofrimento acabará;

Mas, enquanto exilada, quero, no sofrimento Viver de Amor!

Viver de Amor é dar, dar sem medida,

Sem reclamar na vida recompensa.

Eu dou sem calcular, por estar convencida

De que quem ama nunca em pagamento pensa!…

Ao Coração Divino, que é só ternura em jorro,

Eu tudo já entreguei! Leve e ligeira eu corro,

Só tendo esta riqueza tão apetecida: Viver de Amor!

Viver de Amor, banir todo temor

E lembranças das faltas do passado.

Não vejo marca alguma em mim do meu pecado:

Tudo, tudo queimou o Amor num só segundo…

Chama divina, ó doce fornalha,

Quero, no teu calor, fixar minha morada

E, em teu fogo é que canto o refrão mais profundo: “Vivo de Amor!…”

Viver de Amor, guardar dentro do peito

Tesouro que se leva em vaso mortal.

Meu Bem-Amado, minha fraqueza é extrema,

Estou longe de ser um anjo celestial!…

Mas, se venho a cair cada hora que passa,

Em meu socorro vens,

A todo instante me dás tua graça: Vivo de Amor!

Viver de Amor é velejar sem descanso,

Semeando nos corações a paz e a alegria.

Timoneiro amado, a caridade me impulsiona,

Pois te vejo nas almas, minhas irmãs.

A caridade é minha única estrela

E, à sua doce luz, navego noite e dia,

Ostentando este lema, impresso em minha vela: “Viver de Amor!”

Viver de Amor, enquanto meu Mestre cochila,

Eis o repouso entre as fúrias da vaga.

Oh! não temas, Senhor, que eu te acorde,

Aguardo em paz a margem dos céus…

Logo a fé irá rasgar seu véu,

Minha esperança é ver-te um dia.

A Caridade infla e empurra minha vela. Vivo de Amor!…

Viver de Amor, ó meu Divino Mestre,

É pedir-Te que acendas teus Fogos

Na alma santa e consagrada de teu Padre.

Que ele seja mais puro que um Serafim dos céus!…

Tua Igreja imortal, ó Jesus, glorifica

Sem fechar Teu ouvido a meus suspiros;

Por ela tua filha aqui se sacrifica, Vivo de Amor!

Viver de Amor, Jesus, é enxugar Tua Face

E obter de Ti perdão para os pecadores.

Deus de Amor, que eles voltem à Tua graça

E para todo o sempre teu Nome bendigam.

Ressoa em meu peito a blasfêmia;

Para poder apagá-la estou sempre a cantar:

“Teu Nome sagrado hei de amar e adorar; Vivo de Amor!…”

Viver de Amor é imitar Maria,

Banhando, com seu pranto e com perfumes raros,

Os pés divinos que beijava embevecida,

Para, depois, com seus cabelos enxugá-los…

Levanta-se, a seguir, quebra o vaso

E Tua doce Face perfuma…

Mas Tua Face eu só perfumo, bom Senhor,

Com meu Amor!

“Viver de Amor, estranha loucura”,

Vem o mundo e me diz, “pára com esta glosa,

Não percas o perfume e a vida que é tão boa,

Aprende a usá-los de maneira prazerosa!”

Amar-Te é, então, Jesus, desperdício fecundo!…

Todos os meus perfumes dou-te para sempre,

E desejo cantar, ao sair deste mundo: “Morro de Amor!”

Morrer de Amor é bem doce martírio:

Bem quisera eu sofrer para morrer assim…

Querubins, todos vós, afinai vossa lira,

Sinto que meu exílio está chegando ao fim!

Chama de Amor, vem consumir-me inteira.

Como pesa teu fardo, ó vida passageira!

Divino Jesus, realiza meu sonho: Morrer de Amor!…

Morrer de Amor, eis minha esperança!

Quando verei romperem-se todos os meus vínculos,

Só meu Deus há de ser a grande recompensa

E não quero possuir outros bens,

Abrasando-me toda em seu Amor,

A Ele quero unir-me e vê-Lo:

Eis meu destino, eis meu céu:

Viver de Amor!!!…” (5 de fevereiro de 1895)

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